A pressão escolar faz parte da rotina da maioria dos estudantes, tornando-se ainda mais intensa em períodos de exames finais ou com a chegada dos vestibulares e do Enem. Logo, é importante ter atenção aos comportamentos de cada um, já que o estresse constante no colégio impacta negativamente o bem-estar socioemocional e a saúde mental das crianças e adolescentes, podendo causar efeitos bastante preocupantes.
A demanda por alto rendimento e alcance de melhores resultados costuma vir de vários lados (família, escola, cursinhos pré-vestibulares etc.), gerando quadros de autocobrança e ansiedade excessivos, ou seja, agudo sofrimento psíquico. Vale dizer que, com a pandemia e a consequente necessidade de isolamento social, a situação acabou por se agravar.
Diante desse cenário, os pais se revelam figuras ainda mais fundamentais. Participação, diálogo, entendimento, apoio e incentivo são formas de ajudar os filhos a lidar com as próprias emoções e a pressão escolar. Saiba mais sobre o assunto a seguir!
O que é pressão escolar?
Certamente, você já ouviu ou até mesmo fez a pergunta “O que você vai ser quando crescer?” para alguma criança ou adolescente, não é verdade? A pressão escolar começa desde muito cedo e surge do discurso de atores sociais, como a família, os professores ou os colegas de classe, por exemplo. Essa pressão é uma cobrança contínua e intensa por melhores resultados e alto desempenho escolar. A intensidade aumenta na fase do Ensino Médio, em períodos de avaliações finais ou com a aproximação do Enem e outros vestibulares.
Nesse período da vida escolar, cresce a exigência pela definição de uma carreira e pela conquista de vaga em uma boa universidade.
Além disso, há também a pressão dos colegas por socialização e status dentro de grupos considerados mais influentes e populares. Essa sobrecarga afeta, de modo direto, o bem-estar socioemocional e a saúde psíquica dos alunos, podendo causar efeitos negativos bastante sérios.
Quais as possíveis causas da pressão escolar e seus sintomas?
Exames finais, período pré-vestibular, expectativa familiar pela obtenção de boas notas ou pela escolha de determinadas profissões vistas como “de sucesso”, dificuldade de socialização, autocobrança, comparação dos professores, deveres de casa, episódios de bullying ou discriminação (de gênero, orientação sexual, racial, religiosa etc.) são as causas mais comuns do estresse escolar.
Importa dizer que, em virtude da pandemia e da resultante necessidade de isolamento social e ensino remoto, a pressão sobre os estudantes aumentou sensivelmente, bem como a incidência de casos de transtornos psíquicos.
Especialistas afirmam que crianças e jovens sobrecarregados e excessivamente preocupados com os resultados escolares podem desenvolver uma série de problemas, dentre os quais destacam-se as doenças cardiovasculares, dermatológicas, respiratórias, imunológicas, gastrointestinais ou transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão.
Alunos com quadro de ansiedade acentuada têm maiores chances de desenvolver quadros depressivos, cujos sintomas incluem perda de energia, desregulação do sono, mudança no apetite, dificuldades de concentração, baixa autoestima, sentimento de culpa, angústia, desesperança, comportamento de fuga e, em casos graves, pensamentos suicidas e automutilação.
Nos pequenos, o estresse pode ser percebido por meio de sinais como náuseas, vômitos, diarreias, falta de ar, dores de cabeça, agressividade, medos injustificados e também dificuldade de concentração, alterações no apetite e no sono.
Como ajudar os filhos a lidar com as próprias emoções e a pressão escolar?
A boa notícia é que esses problemas e cobranças que afetam a rotina dos estudantes podem ser minimizados por meio da escuta, do acolhimento, do diálogo, do autoconhecimento e de atividades que desviem o foco e relaxem a mente. Nesse processo, os pais são peças-chave!
Confira, abaixo, alguns comportamentos e atitudes que você pode adotar para evitar que a pressão escolar cause prejuízos à saúde e ao desenvolvimento de seu filho!
Identificar as causas
O processo de autoconhecimento não dever ser algo solitário, ao contrário, o auxílio de profissionais especializados e da família fazem com que ele seja muito mais efetivo. Por isso, esteja atento àquilo que serve como gatilho emocional, isto é, situações que desencadeiam o estresse na criança ou no jovem. Lembre-se: não há como cuidar daquilo que é desconhecido, portanto o autoconhecimento é o primeiro passo para o autocuidado.
Colaborar na definição de prioridades
Ter uma rotina de estudos desorganizada, em que as atividades são deixadas sempre para a última hora, aumenta a ansiedade e pode gerar intensa frustração. Estabelecer prioridades, separa ndo mais tempo para se dedicar às matérias mais difíceis, faz com que a energia não seja desperdiçada e o rendimento aumente.
Demonstrar apoio
A falta de compreensão e apoio dos pais abala ainda mais o emocional dos estudantes. Esteja ao lado do seu filho, demonstrando disposição para ouvir suas queixas e preocupações, levando-as verdadeiramente em consideração. Em outras palavras, pratique uma escuta ativa e mantenha um diálogo aberto, honesto e franco.
Evitar cobranças e comparações
Cobranças excessivas, comparações e chantagens emocionais definitivamente não resolvem, só pioram a situação. O estudante pressionado pode desenvolver baixa autoestima, com sentimento de culpa e angústia, ter seu aprendizado prejudicado ou mesmo apresentar episódios de rebeldia. Também, é importante policiar-se para não depositar suas próprias expectativas ou transferir seus sonhos para seu filho, o peso emocional disso é grande demais.
Incentivar o lazer e o descanso
Sempre que possível, estimule seu filho a praticar exercícios físicos, sair com amigos ou realizar qualquer outra atividade que gere diversão e relaxamento. Para a manutenção do bem-estar, é essencial a criação de momentos de descanso da mente, como ver outras paisagens, conversar sobre outros assuntos, enfim, tirar o foco dos estudos. Auxilie seu filho a encontrar o equilíbrio e aproveitar a vida!
O processo de ensino e aprendizagem não deveria ser motivo de preocupações e cobranças excessivas para crianças e adolescentes, mas, infelizmente, muitas vezes é. Conforme vimos neste artigo, a pressão escolar pode ocasionar efeitos muito danosos à saúde mental dos estudantes, a ponto de afetar seu desenvolvimento. Portanto, é importante que os pais, em conjunto com as instituições de ensino, possam ajudar a reverter esse processo.
Foi útil para você saber o que é pressão escolar e como ajudar seu filho a superá-la? Para ter acesso a mais conteúdos interessantes, siga nossas redes sociais. Estamos no Facebook, YouTube e Instagram!
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